terça-feira, 21 de julho de 2020

Abuso Sexual - punição mais rigorosa


"Em primeiro lugar, queremos o aumento da pena quando o crime for cometido por um líder religioso. Também tem a questão da prescrição, que é preciso subir de 70 para 80 anos". A proposta de endurecimento da punição contra quem pratica abusos sexuais foi defendida pela titular do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, ministra Damares Alves, nesta segunda-feira (13), durante cerimônia alusiva aos 30 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), no Palácio do Planalto, em Brasília (DF).

A proposta, que altera o Código Penal e o Código de Processo Penal, também tem o objetivo de aumentar as penas contra profissionais de saúde e de ensino e qualquer outra pessoa que se aproveite da confiança da vítima para cometer abusos sexuais. A iniciativa integra o Plano de Contingência para Crianças e Adolescentes, lançado pelo Governo Federal na ocasião.

"Recentemente, o emblemático e conhecido caso do médium João de Deus expôs para o país a necessidade de uma forte atuação na repressão de crimes de natureza sexual praticados, via de regra, com o abuso de confiança", afirmou a ministra.

Neste contexto, a ministra também ressaltou a importância de denunciar os crimes. "O MMFDH possui os canais Disque 100 (Disque Direitos Humanos) e Ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher). Os serviços são gratuitos e podem ser acionados de qualquer lugar do país, seja por ligação, aplicativo, site. Não podemos nos calar", enfatiza.

Caso João de Deus

Em dezembro de 2018, o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) divulgou o primeiro balanço relacionado ao caso que teve grande repercussão nacional. De acordo com os dados levantados pela investigação, foram identificadas 255 vítimas do médium João Teixeira de Faria, o João de Deus.

Das 255 pessoas identificadas, 23 eram menores - entre 9 e 14 anos - na ocasião dos fatos; 28 tinham entre 15 e 18 anos; e 70 possuíam idade entre 19 e 67 anos.

Plano de Contingência

No dia em que o ECA completou 30 anos, o Governo Federal lançou o Plano de Contingência para Crianças e Adolescentes. A ação integrada é uma resposta aos riscos à saúde e aos desdobramentos socioeconômicos que atingem as populações mais vulneráveis durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Além do MMFDH, integram a iniciativa os ministérios da Educação (MEC), da Saúde (MS), da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), da Cidadania (MC), da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e da Defesa (MD). A Controladoria-Geral da União (CGU) e a Casa Civil, por meio do Programa Pátria Voluntária, também são parceiras da ação.

Estatuto

Sancionado em 13 de julho de 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente é o principal instrumento normativo do Brasil que estabelece direitos e garantias especiais às crianças e adolescentes.

Mais informações:
Assessoria de Comunicação Social do MMFDH
(61) 99558-9277

Violência Infantil - 57% ocorrem dentro de casa.



Quase 7 em cada 10 crianças (67%) da América do Sul e do Caribe, com idades entre 1 e 14 anos, já sofreram punições corporais. O dado é do estudo ‘Ending Violence in Childhood: Global Report 2017’.

E o Brasil não foge dessa tendência: 68% das crianças brasileiras com até 14 anos, o equivalente a 30,3 milhões de crianças, já sofreram violência corporal em casa.

Além disso, 58,9% das denúncias recebidas pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, via canais como o Disque 100, são referentes a algum tipo de violência contra crianças e adolescentes. Só em 2017, foram 84.049 denúncias do tipo. No ano anterior, haviam sido 76.171.

Os principais tipos de violência denunciadas são: negligência (61.416), violência psicológica (39.561) e violência física (33.105).

O balanço da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos aponta, ainda, que 57% dos casos de violência contra crianças e adolescentes denunciados acontecem dentro da casa da vítima. As vítimas mais frequentes são meninas negras (pretas e pardas) com idades entre 4 e 17 anos.

A vida de quem sofreu violência na infância

Moradora de Cruzeta, município do interior do Rio Grande do Norte, a dona de casa Daniela, de 35 anos, relata que o pai a agredia desde muito cedo.

“Eu tinha cinco anos e minha mãe já me obrigava a limpar a casa e lavar a louça. Se eu não fizesse as tarefas direito, ela falava para o meu pai e ele me batia”. Por conta da violência, um dos irmãos de Daniela fugiu de casa aos 20 anos.

Enquanto os sete filhos homens trabalhavam com o pai num sítio, as três filhas realizavam as tarefas de casa com a mãe.  “Isso era escravidão. E quando meu pai me batia por não ter feito algo certo, até aparecia um pouco de sangue na pele”.

Além da violência física, ela também relata que sofreu tentativas de abuso sexual dentro de casa. “Meu irmão tentou me assediar quando eu tinha nove anos. Eu contei para minha mãe e ela falou que eu que tinha o induzido. Acabei apanhando por conta disso”.

O episódio de abuso se repetiu três anos depois, mas com outro agressor. “Meu pai tentou me assediar quando eu tinha 12 anos. Minha mãe viu, mas disse para eu não falar para ninguém na cidade”.

Daniela saiu de casa quando tinha 21 anos com a ajuda de Carlos, com quem se casou e vive até hoje. “Eu não aguentava mais tanto sofrimento”, lembra.

Apesar de tudo, Daniela mora perto dos pais e é a principal responsável por cuidar deles. Ela se mostra infeliz com a atual situação, já que os irmãos só a ajudam com a parte financeira. “Mesmo com a cuidadora, eu tenho que dormir lá, já que meu pai pode cair da cadeira de rodas e precisar ser levado ao hospital”.

O pai de Daniela, que tem 86 anos, foi diagnosticado com Alzheimer e precisa do auxílio da cadeira de rodas para se locomover.

Por conta do que viveu quando mais nova, Daniela procurou um psicólogo, mas diz ter superado apenas parcialmente os traumas.

Quando há violência dentro de casa, todos são afetados

Regina veio com a mãe e o irmão mais velho do Nordeste para a capital paulista quando tinha apenas sete anos de idade. E, assim como Daniela, foi agredida incontáveis vezes pelo próprio pai.

“Ele (o pai) veio para São Paulo e depois voltou para o Nordeste. Disse a minha mãe que tinha casa mobiliada, escola para estudarmos, entre outras oportunidades de uma vida melhor. Quando viemos, vimos que não era nada disso que ele tinha falado”.

Foi então que a mãe de Regina procurou uma casa para alugar, mas o marido não ajudava com as despesas. “Aqui em São Paulo, ele começou a beber demais e parou de trabalhar”.

Com o pai alcoólatra, os problemas na casa de Regina começaram. “Uma vez ele acertou uma pedra na minha cabeça. Eu acabei desmaiando e levei seis pontos”.

Além dela, as agressões também aconteciam com o irmão e a mãe. Regina diz que o irmão, um ano mais velho que ela, enfrentava o pai. “Ele tinha apenas oito anos, mas já brigava com ele. E eles brigavam de verdade”.

Um relatório da Unicef diz que, em todo o mundo, uma em cada quatro crianças menores de 5 anos vivem com uma mãe que é vítima de violência por parte de um parceiro. Esse índice corresponde a 176 milhões de crianças.

Por conta do medo do pai bater nela e no irmão, Regina estava sempre atenta. “Já que minha mãe nos protegia, ele aproveitava para nos bater se ela dormisse. Às vezes eu tinha que passar noites em claro. Algumas vezes minha mãe também preferia ficar acordada e nos deixar dormir”.

Um levantamento que é realizado desde 2005, ano anterior à promulgação da Lei Maria da Penha, feito pelo DataSenado, constatou um aumento significativo do percentual de mulheres que declararam ter sido vítimas de algum tipo de violência. Em 2015, o percentual era de 18%. No ano de 2017, o índice chegou a 29%.

Entre as violências sofridas por mulheres, as mais citadas na pesquisa são: física (67%), psicológica (47%) e moral (36%).

Para o psicólogo Cezar Siqueira, o machismo é um dos principais causadores da violência doméstica, já que “os homens são os principais autores na maioria dos casos de violência”.

Além da violência física, Regina também conta que o pai abusou sexualmente dela por seis anos. “Ele me falava que iria me matar se eu abrisse a boca para contar sobre o abuso para alguém”.

Regina diz que chegou a falar com a mãe sobre os abusos, mas ela dizia que “nunca havia percebido nada”. Regina completa ao dizer que naquela época falar sobre esse assunto era um tabu muito mais delicado do que hoje e que a mãe não tinha para quem recorrer.

Mesmo com tantos episódios traumatizantes, Regina não fez questão de procurar ajuda psicológica. Apegou-se à religião e diz que frequentar a igreja a ajudou nessa questão.

Ainda assim, ela observa na própria vida que um trauma surgiu por conta da vivência com o pai. “Quando fiquei grávida do meu primeiro filho, eu terminei o namoro com o pai da criança. Eu tinha medo que ele pudesse ser igual ao meu pai”.

Felizmente, a convivência com o pai de seu filho foi diferente. Ela diz que, graças a ele, mudou um pouco a ideia sobre pais.

Hoje com 44 anos, Regina trabalha como auxiliar de professora em uma escola infantil e é mãe de dois filhos, um rapaz de 21 anos e uma menina de 15. “Hoje sou uma pessoa amorosa. Acho que foi por conta do que sofri. Sempre falei que não deixaria meus filhos passarem pelo que eu passei”.

A repetição do ato

O psicólogo Cezar Siqueira diz que, na maioria dos casos com os quais teve contato, a pessoa que cometeu violência também sofreu abusos na infância, mas que isso não é uma regra.

Ele alerta que não se deve olhar o agressor como “monstro”, já que existem comportamentos ensinados na sociedade que fazem com que ele repita os atos.

“Dizer que o agressor é um monstro, é matar qualquer possibilidade de resolução. Provavelmente, o agressor está reproduzindo algo da cultura em que vivemos”.

Outro ponto que o psicólogo aponta são as consequências, em relação à conduta social daquela pessoa que sofreu violência doméstica na infância.

“O sujeito vai na sua vida adulta presentificar alguma conduta que é reflexo do passado. Então, o que vai se configurando no inconsciente dessa criança enquanto ela está em desenvolvimento será atualizado na relação com o outro mais tarde”.

Com isso, o psicólogo cita o exemplo de uma criança que vê nos pais figuras de autoridade. Possivelmente, a criança pode levar essa construção para o ambiente escolar, em que o professor também é visto como uma figura de autoridade.

“Então se a relação com os pais for configurada por meio da intimidação, é possível que essa criança na sua vida adulta vá se sentir intimidada pelas figuras de autoridade, desenvolvendo nessas figuras uma relação tal como tinha com os pais: subserviência, atendimento às demandas, medo de errar. Assim como a violência, que também pode ser transferida se vivenciada em casa”.

Através dessa explicação das consequências na vida adulta, em que ações podem ser repetidas, Cezar aponta a importância de se fazer acompanhamento psicológico.

“É nessa hora que a terapia e a análise entram. É nessa ação que o jovem ou adulto é capaz de revisitar sua história e produzir efeitos de rompimento com essa repetição”.

A necessidade de procurar ajuda

O psicólogo também diz que é recomendável que a criança que sofreu algum tipo de violência comece a fazer acompanhamento psicológico o quanto antes, mas que “não há um momento certo para tratar o psiquismo adoecido”.

Para explicar esse raciocínio, Cezar traz os conceitos por trás da consciência e da inconsciência.

“A nossa consciência funciona de forma temporal, uma noção de passado, presente e futuro. Já para o inconsciente não há passado, pois o acontecimento não passou”, explica Cezar em relação aos traumas.

“O inconsciente é um arcabouço de coisas que não se encaixaram na lógica da consciência, de passado, presente e futuro. Logo, o que está no inconsciente está o tempo todo presente exercendo efeitos”.

Fonte: Por Caio Lencioni - Observatório do 3ºSetor.

sexta-feira, 14 de junho de 2019

CUT - Central Única dos Trabalhadores




Conheça alguns itens da CUT - 14/06/2019
Interessante é que eles são a favor do desarmamento, mas ameaçam pegar em armas. Dizem representar o trabalhador, mas buscam seus próprios interesses. Defendem as estatais, mas foram beneficiados de esquemas de propina que arruinaram a Petrobras. Esta é a Central Única dos Trabalhadores, a CUT, a maior e possivelmente, a mais contraditória, central sindical do país. 
Quando saem as ruas, é fracasso total, tabulam para cima o números de participantes, vencem pela força, baderna e ações até por vezes criminosas. Eles bem sabem que o número ainda está muito distante do número de manifestantes que tomaram o Brasil mês passado contra a corrupção e a favor da reforma previdenciária.
Apesar disso, o que a CUT perde em apelo nas ruas, ganha em apoio financeiro, cargos comissionados e proteção da lei.

1) A CUT recebeu 51 milhões de imposto sindical só em 2016.

Se você trabalha com carteira assinada, provavelmente sustenta a CUT. Mesmo sem querer: o governo te obriga a pagar todo ano o equivalente a um dia de trabalho para financiar os sindicatos e organizações associadas em todo o país. É o imposto sindical. Em 2019 ele foi tornado facultativo mas os sindicatos montam uma batalha para que volte a ser obrigatório.
De tudo o que você paga, 60% tem destino traçado para algum dos 15.315 sindicatos existentes no país (sim, você leu certo: são quinze mil, trezentos e quinze sindicatos). O restante fica dividido entre as federações, confederações, o governo e as 12 centrais sindicais atualmente em atividade. Delas, a maior é a CUT: representa 33% dos trabalhadores sindicalizados do país.

Como a distribuição das verbas é proporcional ao tamanho da central, a CUT abocanha a maior parte dessas verbas e desde 2008, quando esses repasses viraram lei, já recebeu R$ 340 milhões

2) E ainda recebe outros milhões por fora.

A contribuição sindical não é a única receita da CUT. Como se não bastasse os mais de 50 milhões de reais repassados diretamente pelo Ministério do Trabalho todos os anos, a Central ainda cobra um valor mensal de seus sindicatos associados e recebe patrocínios de estatais para “projetos culturais”.
Como já detalhamos, a CUT recebeu só do BNDES e da Petrobras R$ 2,3 milhões desde 2007 para a realização de eventos e projetos culturais.
Um desses projetos patrocinados pelo governo foi o Prêmio CUT: Democracia e Liberdade Sempre, que em 2011 laureou o ex-presidente Lula como o título de “personalidade de destaque na luta por Democracia e Liberdade” (na mesma edição, o MST ganhou como “instituição de destaque na luta por Democracia e Liberdade”).
A escolha do ex-presidente para a nomeação não foi por acaso: até 2008, a CUT e outras centrais sindicais não tinham direito a receber verbas do Governo Federal. ALei 11.648, sancionada por Lula, adicionou as centrais no bolo do imposto sindical.
O projeto de lei, no entanto, veio acompanhado de um veto, que garante sigilo às contas da CUT.

3Mesmo assim, a CUT não precisa prestar nenhuma conta sobre como gasta esse dinheiro.

Ao sancionar a Lei 11.648, Lula vetou o Art. 6º do projeto, justamente o artigo que dizia sobre a prestação de contas por parte das centrais sindicais, federações, sindicatos e confederações trabalhistas ao Tribunal de Contas da União, o TCU.
Desta forma, as contas da CUT – e de outras centrais sindicais e sindicatos – são sigilosas. Não existe nenhuma obrigação aos sindicatos e suas respectivas centrais em dar satisfação sobre como empregam os recursos que recebem do imposto sindical.
Embora algumas organizações disponibilizem dados detalhados sobre suas receitas e despesas, a CUT não fornece nenhum detalhe publicamente sobre o que faz com o dinheiro repassado pelo Ministério do Trabalho – e deixa dúvidas sobre suas operações.

4) Seu ex-vice presidente recebeu um cargo comissionado em Brasília na Secretaria Geral da Presidência.

As relações entre a CUT e governos do PT não terminaram com a saída do ex-presidente Lula.
Em maio de 2011, José Lopez Feijóo, então vice-presidente da CUT, foi nomeadopara ocupar um cargo na Secretaria Geral da Presidência da República, em Brasília, onde permanece. Seu salário era R$ 10.680,86, de acordo com dados do Portal da Transparência.
Além da CUT, Feijóo tem passagens pela presidência do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e pela Gráfica Atitude, empresa controlada pela CUT e multada em 2012 pelo TSE por realizar campanha eleitoral ilegalmente para Dilma nas eleições de 2010.
Segundo o jornal O Globo, a indicação de Feijóo para o cargo veio do próprio ex-presidente Lula.

5) E o ex-presidente foi nomeado secretário em São Paulo por Haddad.

Fernando Haddad também tem relações próximas com a CUT.
Ano passado, o prefeito de São Paulo nomeou o ex-presidente da CUT, Artur Henrique, para assumir a Secretaria de Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo da cidade.
Na secretaria, Artur atua como uma ponte entre a prefeitura e a central sindical, como já admitiu o Secretário de Finanças da CUT, Quintino Severo:
“Não temos dúvidas de que, para os trabalhadores, para os movimentos sociais, o Artur terá muito a contribuir. Ele vai representar muito bem os trabalhadores”, disse.
No cargo, Artur recebia R$ 19.328,82 da prefeitura.

6) Os militantes pagos e a indústria do protesto pago.

O jornal Valor Econômico denunciou um protesto da CUT a favor do governo com manifestantes pagos: R$ 35, fora alimentação e transporte.
Na época, um vídeo viralizou nas redes sociais mostrando uma entrevista com um manifestante da CUT, que demonstrou não fazer a mínima ideia do que estava acontecendo ali – para ele, a manifestação era para tirar Dilma do poder. No final, o rapaz cede: conta que recebeu R$ 30 para participar do protesto.
A Folha também gravou militantes do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense, filiado à CUT, recebendo R$ 50 durante os protestos governistas, no Rio de Janeiro.
Denúncias de militantes sindicais pagos não são novidade.
Em 2009, a revista Consultor Jurídico expôs uma rede de “aluguel” de manifestantes controlada pela Nova Central Sindical e pela associada Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade. De acordo com a reportagem, as entidades, que atuam no Distrito Federal, cobravam R$ 50 por cada manifestante, incluindo os custos de deslocamento.
À reportagem da revista, o secretário-geral da Nova Central, Moacyr Auersvald, não escondeu que outras centrais também participavam de esquemas similares:
“Você tem que pegar também a CUT, a Força Sindical, você está sendo parcial e não foi no lugar certo (para descobrir). Todos as entidades sindicais e partidos políticos fazem isso”, afirmou.
Dessa forma, a CUT se tornou uma espécie de extensão do Partido dos Trabalhadores. Uma organização que recebe milhões em dinheiro público para atuar como um braço do partido. Não bastasse, usa esse dinheiro para alugar manifestantes para protestar em defesa do governo – gerando mídia e capital político a favor de Dilma. Tudo com o seu dinheiro – e teoricamente em sua defesa.

7) Enquanto não pega em armas, o atual presidente está nos radares da Lava Jato.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, o mesmo que ameaçou recentemente “ir às ruas, entrincheirado, com arma nas mãos” para defender o governo, está na mira do Ministério Público.
Freitas foi presidente do Bancoop até 2009, após indicar João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, para assumir a entidade. Vaccari já tinha passagens por diretorias do Bancoop e aproveitou-se de seu cargo para desviar uma fortuna estimada em R$ 100 milhões para o caixa dois de campanhas do PT.
Freitas é suspeito de estar envolvido no caso, por ter aprovado contas fraudadasde Vaccari e depois nomeá-lo como sucessor na presidência da entidade em movimentos, no mínimo, suspeitos.
As relações entre a CUT, seu presidente e Vaccari não terminam no Bancoop. Vaccari também utilizou uma gráfica e editora, mantida pela CUT, para lavar dinheiro, como revelaram investigações recentes da Operação Lava Jato.
A gráfica em questão é a Atitude, responsável pelo blog governista Brasil Atual e pela publicação da Revista do Brasil. A editora e a CUT já haviam sido multadas anteriormente pelo TSE por fazer campanha irregular para Dilma Rousseff nas páginas da Revista do Brasil em 2010. As publicações foram distribuídas para mais de 360 mil trabalhadores.
Na época, Freitas já era secretário de Administração e Finanças da CUT e mantinha relações próximas com Vaccari.
No total, estima-se que a gráfica tenha recebido R$ 2,5 milhões de dinheiro sujo, proveniente dos desvios na Petrobras, a pedido de Vaccari – e sob o consentimento de Freitas – desde 2010.
Adaptado por Flávio de site na internet.

quinta-feira, 30 de maio de 2019

Governo Federal amplia proteção às mulheres na Lei Maria da Penha


O presidente Jair Bolsonaro (PSL) sancionou na terça-feira, dia 14/05/2019, mudanças na Lei Maria da Penha, ampliando as medidas protetivas de urgência a mulheres ou a seus dependentes ameaçados de violência doméstica ou familiar. As alterações darão mmais rapidez nas decisões judiciais e policiais.

De acordo com nova norma, quando constatada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física da mulher, ou de seus dependentes, o “agressor será imediatamente afastado do lar, domicílio ou local de convivência” com a vítima. Esse medida que pode ser adotada pela autoridade judicial, pelo delegado de polícia ou pelo policial (quando o município não for sede de comarca e não houver delegado disponível no momento da denúncia).

A lei prevê também que, quando a aplicação das medidas protetivas de urgência for decidida pelo policial, o juiz deve ser comunicado, no prazo máximo de 24 horas, para, em igual prazo, determinar sobre “a manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao Ministério Público (MP) concomitantemente”. Antes das alterações, que passam a valer a partir desta terça-feira, o prazo era de 48 horas.

Agilidade

“Sabemos que nos rincões desse país existem muitos municípios que não têm comarca e muitas mulheres são vítimas de violência e não têm medida protetiva naquelas primeiras 24 horas. Sabemos que [as primeiras 24 horas] são a diferença entre a vida e a morte de muitas delas”, comentou a senadora Leila Barros (PSB-DF), relatora do PL 94, agora transformado em lei.

Também em entrevista à Agência Brasil, Sandra Melo, delegada-chefe da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), disse que a redução desse prazo para medidas protetivas pode salvar vidas: “Essa diferença pode implicar em viver ou morrer. Na maioria das vezes implica em uma pressão sobre essa mulher. O que a gente vê é a oportunidade de a polícia estar primeiro com esse autor antes da Justiça”.

A lei diz ainda que as medidas protetivas têm que ser registradas em banco de dados mantido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), garantido o acesso do Ministério Público (MP), da Defensoria Pública e dos órgãos de segurança pública e de assistência social, com vistas à fiscalização e à efetividade das medidas de proteção.

No caso de prisão do agressor e, em havendo risco à integridade física da vítima ou à efetividade da medida protetiva de urgência, não será concedida liberdade provisória ao preso.

606 casos por dia

O Anuário da Segurança Pública de 2018 registrou aumento de 6,1% no número de assassinato de mulheres e uma média de 606 casos por dia de violência doméstica no Brasil.

(Com informações da Agência Brasil)

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

8 de Março - Dia Internacional da Mulher


História do 8 de março
No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho. A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano. Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher”, em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Objetivo da Data
Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

Conquistas das Mulheres Brasileiras
Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.

Marcos das Conquistas das Mulheres na História
- 1788 – o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres;
- 1840 – Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos;
- 1859 – surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres;
- 1862 – durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia;
- 1865 – na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.
- 1866 – No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas;
- 1869 – é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres;
- 1870 – Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina;
- 1874 – criada no Japão a primeira escola normal para moças;
- 1878 – criada na Rússia uma Universidade Feminina;
- 1901 – o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres.

Fonte: google

Ligue 180

Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência - Ligue 180 – é um serviço de utilidade pública gratuito e confidencial (preserva o anonimato), oferecido pela Secretaria Nacional de Políticas, desde 2005.

O Ligue 180 tem por objetivo receber denúncias de violência, reclamações sobre os serviços da rede de atendimento à mulher e de orientar as mulheres sobre seus direitos e sobre a legislação vigente, encaminhando-as para outros serviços quando necessário. 

A Central funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados, e pode ser acionada de qualquer lugar do Brasil e de mais 16 países (Argentina, Bélgica, Espanha, EUA (São Francisco), França, Guiana Francesa, Holanda, Inglaterra, Itália, Luxemburgo, Noruega, Paraguai, Portugal, Suíça, Uruguai e Venezuela). Desde março de 2014, o Ligue 180 atua como disque-denúncia, com capacidade de envio de denúncias para a Segurança Pública com cópia para o Ministério Público de cada estado. Para isso, conta com o apoio financeiro do Programa ‘Mulher, Viver sem Violência’.

Ele é a porta principal de acesso aos serviços que integram a Rede nacional de enfrentamento à violência contra a mulher, sob amparo da Lei Maria da Penha, e base de dados privilegiada para a formulação das políticas do governo federal nessa área. 

No Brasil, ligue para a Central de Atendimento à Mulher: telefone 180.

No exterior:

Argentina, ligar para 08009995500 discar 1 e informar o número 61-3799.0180

Bélgica, ligar para 080010055 discar 1 e informar o número 61-3799.0180

Espanha, ligue para 900 990 055, discar opção 1 e, em seguida, informar (em Português) o número 61-3799.0180.

EUA (São Francisco), ligar para 18007455521 discar 1 e informar o número 61-3799.0180

França, ligar para 0800990055 discar 1 e informar o número 61-3799.0180

Guiana Francesa, ligar para 0800990055 discar 1 e informar o número 61-3799.0180

Holanda, ligar para 08000220655 discar 1 e informar o número 61-3799.0180

Inglaterra, ligar para 0800890055 discar 1 e informar o número 61-3799.0180

Itália, ligar para 800 172 211, discar 1 e, depois, informar (em Português) o número 61-3799.0180.

Luxemburgo, ligar para 080020055 discar 1 e informar o número 61-3799.0180

Noruega, ligar para 80019550 discar 1 e informar o número 61-3799.0180

Paraguai, ligar para 00855800 discar 1 e informar o número 61-3799.0180

Portugal, ligar para 800 800 550, discar 1 e informar o número 61-3799.0180.

Suíça, ligar para 0800555251 discar 1 e informar o número 61-3799.0180

Uruguai, ligar para 000455 discar 1 e informar o número 61-3799.0180

Venezuela, ligar para 08001001550 discar 1 e informar o número 61-3799.0180

domingo, 27 de janeiro de 2013

Crianças abusando sexualmente de outras crianças



MELBOURNE, Austrália (LifeSiteNews.com)

Organizações de assistência infantil e que combatem a pedofilia no Estado de Vitória relatam que estão lidando com um número crescente de casos de crianças que estão abusando sexualmente de outras crianças, e apontam para a proliferação e acesso fácil de pornografia em dispositivos portáteis como a causa.

Bernie Geary, diretor da Secretária de Segurança das Crianças do Estado de Vitória, disse para o jornal The Age: “Se você está preparado para colocar seus filhos no mundo eles vão ser inundados com esse tipo de informação [pornografia]. Você precisa estar em condições de a) protegê-los, ou b) aguardar quais serão as consequências absolutamente desgraçadas”.

Essas “consequências desgraçadas” — conduta sexualmente abusiva entre crianças até de nove anos de idade — estão “explodindo”, de acordo com Carolyn Worth, coordenadora estadual dos Centros Contra Violência Sexual (CCVS) de Vitória. Ela disse que o número de crianças encaminhadas que demonstram conduta sexualmente abusiva é muito maior do que os materiais que eles têm para ajudá-las. Havia 237 vagas em todo o estado em programas que lidam com problemas de conduta sexual financiados pelos CCVS, mas houve 414 encaminhamentos, disse ela.

Worth disse que a maioria, mas não todas, as crianças mais novas (de cinco a nove anos de idade) foram encaminhadas para os programas porque haviam sido vítimas de abuso, sendo que a maioria eram meninos. Contudo, ela observou que problemas de conduta sexual entre meninas — mencionando uma menina de onze anos no programa que enviava fotos sexualmente explícitas de si mesma através do celular) — estavam também piorando.

“É evidente que a pornografia torna as pessoas insensíveis, provavelmente dando-lhes uma ideia estranha do que é o melhor modo de interagir com outras pessoas, principalmente com mulheres”, disse Worth. “Se as pessoas passam muito tempo vendo pornografia, elas não têm nenhuma ideia de como realmente fazer para ter sexo com outros. Elas simplesmente não entendem isso”.

Worth explicou que algumas crianças encaminhadas para os programas dos CCVS que lidam com problemas de conduta sexual tinham problemas tão graves que a participação delas foi proibida porque a conduta delas era criminosa.

Geary avisou: “Isso é um alerta para os pais. Não pense que essa questão não merece preocupação. Não pense que são as escolas que devem cuidar disso. Isso é algo que deve ser lidado em casa, de modo bem forte”.

“Não tenho simpatia por pais que não ficam próximos de seus filhos para protegê-los, pois essa responsabilidade faz parte do papel de criar e educar filhos”, Geary disse, mas avisou que não dá para culpar as crianças por serem expostas à pornografia e a resultante confusão nas vidas delas.

“Não é que as crianças estão imitando mais em suas condutas hoje do que no passado. O caso é que o mundo adulto está forçando informações para crianças numa força muito maior do que as crianças já experimentaram antes. É por isso que temos de lidar com isso”, disse Geary.

Fonte: LifeSiteNews

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Pizza Beneficente


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Olimpíadas de Londres



Nesta sexta-feira, começam oficialmente os Jogos de Londres, com a cerimônia de abertura a partir das 17h. Por isso, se você não é viciado/a em esportes ou bem desligado/a mesmo, seguem dicas para você entender alguns pontos básicos sobre a Olimpíada, desde os esportes bizarros que aparecem no calendário, até os direitos de televisão, passando pela relevância mínima do Brasil no quadro de medalhas. É aquele resumão para você não ficar boiando nas conversas e entender o que vale – e o que não vale – a pena nas próximas duas semanas.
 1- Esqueça a Globo, agora é Record
Culturalmente, nós brasileiros estamos acostumados a acompanhar os grandes eventos esportivos pela Rede Globo. Nesta Olimpíada, porém, é diferente. Assim como no Pan do ano passado, os direitos de transmissão pertencem apenas à Record, então se você quiser assistir aos Jogos na TV aberta, terá que sintonizar na emissora paulista. Entre os canais fechados, Sportv, ESPN e Bandsports são as opções.
2- Olimpíada não é Pan, e o Brasil não é potência
Se você acompanhou o Pan do ano passado, em Guadalajara, e acha que o Brasil repetirá em Londres as mesmas 141 medalhas conquistadas no México, esqueça. Jogos Pan-Americanos juntam apenas seleções aqui da América, com direito a times B dos Estados Unidos. Por isso as equipes brasileiras vão tão bem. Olimpíada é coisa de gente grande, tem atleta top do mundo todo, e por isso nossa expectativa é de alcançar apenas de 15 a 20 medalhas.
3- Quadro de medalhas, essa incógnita
Muita gente não entende como funciona a classificação dos países no quadro de medalhas das Olimpíadas. Por que um país que conquista 10 pódios pode ficar abaixo de um com apenas um ouro? Porque medalhas douradas valem mais do que todas as outras. A regra é simples (mais ou menos): quem tem mais medalhas de ouro vence o quadro. Depois valem as pratas e só depois os bronzes. Veja o quadro de 2008, por exemplo, e perceba que o Brasil e suas 15 medalhas ficaram em 23º lugar, enquanto a Romênia e suas 8 ficaram em 17º.
Fonte: Uol esportes

domingo, 17 de junho de 2012

Abuso sexual: como evitar


Medidas para prevenir o abuso sexual e proteger a criança devem ser aplicadas precocemente, em razão do abuso sexual poder ocorrer desde os primeiros anos de vida.

O que os pais devem fazer para prevenir o abuso sexual e proteger seus filhos:
  • Estar bem informados sobre a realidade do abuso sexual contra crianças.
  • Ouvir seus filhos e acreditar neles por mais absurdo que pareça o que estão contando.
  • Dispor de tempo para seu filho e dar-lhe atenção.
  • Saber com quem seu filho está ficando nos momentos de lazer. Conhecer seus colegas e os pais deles.
  • Procurar informar-se sobre o que sabem e como lidam com a questão da violência e do abuso sexual os responsáveis pela creche, pela escola, pelos programas de férias. Faça o mesmo com seu pediatra, o conselheiro religioso, a empregada e a babá.
  • Antes de tudo, falar com seu filho ou sua filha e lembrar-se que o abuso sexual pode ocorrer ainda nos primeiros anos da infância.
Falando com seu filho e sua filha:
  • Entre 18 meses e 3 anos, ensine a ele ou ela o nome das partes do corpo.
  • Entre 3 e 5 anos, converse com eles sobre as partes privadas do corpo (aquelas cobertas pela roupa de banho) e também como dizer não. Fale sobre a diferença entre "o bom toque e o mal toque".
  • Após os 5 anos a criança deve ser bem orientada sobre sua segurança pessoal e alertada sobre as principais situações de risco.
  • Após os 8 anos deve ser iniciada a discussão sobre os conceitos e as regras de conduta sexual que são aceitas pela família e fatos básicos da reprodução humana.
Adaptado de textos da American Academy of Pediatrics divulgados no site:www.aap.org/family/csabuse.htm